HISTÓRIA
A antiga Arcádia e o arcadismo inspiraram à Arcádia Livraria & Eventos de Arte (Marca Registrada). Fundada em 1997 é administrada por João Nei de Almeida Barbosa e Adriana Chiarelli de Almeida Barbosa. Os ideais arcádicos estão presentes nas relações com a educação e a difusão cultural. No currículo de eventos encontram-se nomes de peso do cenário regional e nacional.
A Arcádia e o Arcadismo
por João Nei
Na rochosa região do Peloponeso, no centro da Grécia a paisagem é de tirar o fôlego. Pequenas habitações históricas construídas nas cavidades das rochas à beira de imensos precipícios, rios de fortes corredeiras que serpenteiam os vales, vegetação rasteira que insiste em sobressair às pedras e resquícios de uma civilização milenar. Tudo isso banhado pelas correntes de ar vindos do Mediterrâneo criam a atmosfera que compõem o cenário no melhor estilo “Senhor dos Anéis”. Esta é Arcádia, que antigamente era habitada por pastores e tradicionalmente faz referência à felicidade. Estes homens viviam entre cantos e danças em completa harmonia com a natureza, se dedicavam à literatura e aos pensamentos filosóficos.
A Arcádia inspirou vários movimentos literários. O primeiro foi fundado em Roma, em 1690. O Arcadismo difundiu-se por toda a Europa. Seus membros intitulavam-se pastores e pastorinhas, adotavam pseudônimos mitológicos, e tomavam por protetor a figura do Menino Jesus (porque fora adorado por pastores ao nascer). Usavam uma linguagem pastoril: “rebanho” eram os leitores, “pastagem” a biblioteca, “cordeiros” os iniciados etc. Procuravam expressar-se de maneira simples. Exaltavam a vida bucólica e a beleza natural era regra.
O Arcadismo promoveu abertura no campo da erudição filológica, filosófica e científica. Os árcades eram eminentes estudiosos de tradições, línguas etc. Em Portugal fundou-se a Arcádia Lusitana que teve entre seus membros Bocage. No Brasil, o Arcadismo teve grande repercussão no estado de Minas Gerais, e os árcades mineiros foram iniciadores da lírica nacional. Entre os quais figuraram: Tomás Antônio Gonzaga, Cláudio Manuel da Costa, Silva Alvarenga e Alvarenga Peixoto.